"o que pensas fazer com a máquina?"


posso dizer que nasci e cresci entre linhas, tecidos e botões. o meu pai aprendeu o ofício com o meu tio-avô, que era alfaiate. a minha mãe costureira desde menina, fazia os acabamentos dos fatos, até tarde da noite. a minha avó paterna era a costureira da aldeia e a minha mana, ainda não frequentava a escola primária e já fazia vestidos para as bonecas. a minha prima, também ela, uma costureira de mão cheia, tem uma filhota, que costura tudo, até cortiça.

nascida e criada no meio de trapos e linhas e com esta "linhagem", faria todo o sentido que eu fosse uma costureira de primeira. pois... mas não. nem um botão, quanto mais umas bainhas... é que eu tenho duas mãos esquerdas... percebem? não, decididamente, não tenho jeitinho nenhum, para a coisa. não faço ideia como segurar uma agulha. e ainda estou para entender para que serve o dedal.

"e o que pensas fazer com a máquina?", pergunta a minha mãe, num tom jocoso. o meu pai, de sorrisinho maroto na cara, faz-me a mesma a pergunta...

bem... quando conseguir interpretar as instruções da máquina (???) e montar a dita, tentarei costurar. se conseguirei aprender a fazer uma bainha ou a pregar um botão, não sei. só sei que irei tentar. e, como não há nada que eu não tenha tentado, que não tenha conseguido, esperai povo de portugal e arredores! o meu nome será conhecido!

:)  

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